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JIU-JITSU BRASILEIRO - DESPORTO, SAÚDE, ARTE-MARCIAL E DEFESA PESSOAL

HISTÓRICO

No século XIX, mestres de artes marciais japonesas migraram do Japão para outros continentes, vivendo do ensino dessas artes e de lutas que realizavam.
Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um grande mestre de ju jutsu e judô da Kodokan, nos primórdios deste, quando ainda era próxima a ligação destas duas artes, e muitas vezes se citava aquela por esta. Depois de percorrer vários países com seu grupo, chegou ao Brasil em e fixou residência em Belém do Pará, existindo até hoje nessa cidade a Academia Conde Coma. Um ano depois, conheceu Gastão Gracie. Gastão era pai de oito filhos, sendo cinco homens, tornou-se entusiasta do Judô e levou seu filho Carlos Gracie para aprender a luta japonesa. Pequeno e frágil por natureza, Carlos encontrou no jiu-jitsu o meio de realização pessoal que lhe faltava. Com dezenove anos de idade, transferiu-se para o Rio de Janeiro com a família, sendo professor dessa arte marcial e lutador. Viajou por outros estados brasileiros, ministrando aulas e vencendo adversários mais fortes fisicamente. Em 1925, voltando ao Rio de Janeiro e abrindo a primeira Academia Gracie de jiu-jitsu, convidou seus irmãos Osvaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com quatorze anos, e Hélio Gracie, com doze. A partir daí, Carlos transmitiu seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à condição física franzina, característica de sua família.
Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.
Detentor de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie vislumbrou no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Com o objetivo de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie desafiou grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.
Lutando contra adversários vinte, trinta quilos mais pesados, os Gracie logo conseguiram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio de Janeiro, porém nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu praticado por eles privilegiava somente as quedas (já vinham com a formação da Kodokam do mestre Jigoro Kano),já o dos Gracie enfatizava a especialização: após a queda, levava-se a luta ao chão e se usavam os golpes finalizadores, o que resultou numa espécie de luta livre de quimono.
Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial.
Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de Gracie jiu-jitsu ou Brazilian jiu-jitsu, sendo exportada para o mundo todo, até mesmo para o Japão.
Hélio Gracie passa a ser o grande nome e difusor do jiu-jitsu, formando inúmeros discipulos, dentre eles Flávio Behring, patriarca de outra grande dinastia familiar do Brazilian jiu-jitsu. George Gracie foi um desbravador, viajou por todo o Brasil, no entanto estimulou o jiu-jitsu principalmente em São Paulo, tendo como alunos nomes como Octávio de Almeida, Nahum Rabay, Candoca, Osvaldo Carnivalle, Romeu Bertho, dentre outros.
Royce Gracie e Rickson Gracie, filhos de Hélio Gracie, merecem um capítulo à parte pelo valor com que se impuseram como gladiadores e difusores da técnica e eficiência do jiu-jitsu nas arenas dos Estados Unidos e do Japão.
O jiu-jitsu hoje é o esporte individual que mais cresce no país: possui cerca de 350 mil praticantes com 1.500 estabelecimentos de ensino somente nas grandes capitais. Na parte de educação, o ensino do jiu-jitsu ganhou cadeira como matéria universitária Universidade Gama Filho).
Com a criação da Federação de Jiu-Jitsu Brasileiro, as regras e o sistema de graduação foram sistematizados, dando início a era dos campeonatos esportivos. Hoje mais organizado, o Jiu-Jitsu Brasileiro já conta com uma Confederação e uma Federação Internacional, fundadas por Carlos Gracie Júnior como presidente (das duas entidades) e José Henrique Leão Teixeira Filho como vice-presidente da CBJJ, os dois partiram para uma organização nunca vista antes em competições de jiu-jitsu, as competições nacionais e internacionais que vem sendo realizadas, confirmam a superioridade dos lutadores brasileiros, considerados os melhores do mundo, e projetaram o jiu-jitsu ou brazilian jiu-jitsu, como a arte marcial que mais cresce no mundo atualmente.
Desde 1996, o Mundial de jiu-jitsu sempre foi disputado no Rio de Janeiro, exceto em 2007, quando ocorreu nos Estados Unidos da América.

Jiu-jitsu brasileiro em Portugal

O jiu-jitsu chegou a Portugal em 1996, pelas mãos do professor Lauro Figueiroa, que tinha o objetivo de difundir o Jiu-Jitsu Gracie.
Em 1997, realizou-se o primeiro campeonato da modalidade, dentro da discoteca Bafureira Beach Club (antigo Scala), em São Pedro do Estoril.
Em 1998, o professor Lauro, em conjunto com o Grupo SuperStar, promoveu o primeiro confronto de vale-tudo em Portugal, entre o o próprio professor, representando o jiu-jitsu, e o Mestre Pichote, representando a capoeira (luta de demonstração).
Em 2000, houve a disputa do I Cinturão Português de Vale-Tudo, entre Lauro e o tricampeão francês de Free-Fight, Eurico Soares. Luta vencida por Lauro, por nocaute, aos trinta segundos do primeiro round.
O jiu-jitsu começou a ter maior número de praticantes a partir de 2001, quando se abriram varias academias na zona de Lisboa, nomeadamente: Brigadeiro Jiu-Jitsu, liderada pelo professor Marcos Koji; Gracie Barra Portugal, pelo professor Kiko Portugal; Gracie Barra Paço de Arcos, pela mão do professor Diogo Valença.
Em 2003, a academia Brigadeiro perdeu o professor Koji e chegaram a Portugal os professores Marcelo Bernardo e Arnaldo "Pitbull" Santos para dar continuidade ao trabalho feito por Marcos Koji.
Em 2004, a Federação Portuguesa de Jiu-Jitsu Brasileiro, dirigida pelos professores Kiko Portugal e Diogo Valença, em parceria com a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu e a International Brazilian Jiu-Jitsu Federation, realizou o I Campeonato Europeu de Jiu-Jitsu da história e com grande sucesso conseguiu a participação de atletas de mais de dez países não só da Europa, como também das Américas e da Ásia.
Em 2005, foram formadas duas novas equipes na zona de Lisboa: Brazilian Power Team, pelos professores Marcelo Bernardo, Arnaldo "Pitbull" Santos e Marcelo Rosa; e a Gracie Barra Lisboa, liderada pelo professor Alexandre Machado.
Em 2008, será realizado o V Campeonato Europeu da CBJJ.
Atualmente o jiu-jitsu está espalhado por Portugal, de norte a sul, por conta de muitos alunos formados para o ensino do jiu-jitsu brasileiro, dentre outros professores que imigraram.

Graduação

Adotam-se as seguintes divisões do jiu-jitsu desportivo brasileiro para seus praticantes, conforme suas experiências e habilidades:

Branca (Iniciante, qualquer idade)
Cinza (04 a 06 anos)
Amarela (07 a 15 anos)
Laranja (10 a 15 anos)
Verde (13 a 15 anos)
Azul (16 anos ou mais (até 4 graus))
Roxa (16 anos ou mais (até 4 graus))
Marrom (18 anos ou mais (até 4 graus))
Preta (19 anos ou mais (até o sexto grau))
Preta e vermelha (sétimo e oitavo graus. Título de mestre)

Vermelha (nono e décimo graus. O último grau foi dado somente aos criadores do Jiu-Jitsu brasileiro; somente os mestres Hélio Gracie e Armando Wridt tem esse título ainda em vida)

O critério de graus na faixa vermelha é:
1º ao 3º - três anos cada, nove ao todo
4º ao 6º - mais cinco anos cada, quinze ao todo
7º ao 8º - mais dez anos cada, vinte ao todo
9º - mais quinze anos
10º - inatingível

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